VEM – Videoarte Em Movimento

2023

VEM – Videoarte Em Movimento é uma experiência itinerante de fruição da criação visual em ambientes de transição e passagem. Durante o verão, uma carrinha viaja entre Espanha e Portugal a exibir um programa composto por obras de videoartistas internacionais.

Trata-se de uma curadoria de perspetiva histórica e com classificação livre – para que a sua assistência a céu aberto, numa noite de verão, seja acessível e do interesse de todos os públicos. As projeções são realizadas em ambientes de pequena a média escala, retirando as obras do ambiente expositivo tradicional para levá-las a espaços abertos de projeção pública.

Por dentro e por fora das estradas

O VEM convida-vos a experienciar uma noite de Verão com um programa que os levará a passear por dentro e por fora de diferentes estradas. Começamos a nossa viagem na encruzilhada musical da Cruzada de Cinthia Marcelle, uma obra de 2010 que brinca com o nosso eterno ciclo de encontros, confrontos e avanços com os outros,  terminamos com a viagem rápida e nervosa de Oh I can´t stop!, onde Zbigniew Rybczynski explora uma das suas múltiplas facetas (neste caso, um thriller curta-metragem de 1976). Pelo caminho,  juntamente com Maxime Martinot, «corremos» e literalmente supervisionamos The Antilopes (2020), onde uma frase de Marguerite Duras nos eleva a uma viagem de poesia visual. Com a (nossa orelha no chão) Ear to the Ground, Kit Fitzgerald, John Sanborn e David Van Tieghem fazem-nos ouvir uma Nova Iorque de 1982 apresentada como um instrumento musical; a seguir, é a vez de acompanharmos o lápis de Genadzi Buto em Too Big Drawing (2021), que nos leva numa enorme viagem em grande escala. Pelo caminho vamos encontrar ainda alguns fantásticos espaços fechados, circunscritos, como As Republicas Mínimas unipessoais de Rubén Martín de Lucas, um projecto desenvolvido desde a década de 2010, e o ambiente claustrofóbico de Around and About (1980), que Gary Hill utiliza para uma viagem mental à linguagem. Há ainda as paisagens imagéticas desprovidas da figura humana de Atlas (2012), de Magda Gebhardt, e vários vídeos em que o(s) performer(s) são elementos cruciais: sejam eles os próprios artistas (Hill, de Lucas, Buto), sejam eles músicos (Marcelle, Sanborn / Fitzgerald / Van Tieghem), sejam ainda as personagens cinematográficas de Decision of No Return ou A Sense of Territory, de Christina Schultz (uma obra de 2017, onde Sherlock Holmes, Miss Marple, James Bond e Poirot surgem no nosso imaginário), ou ainda o monstro invisível de Oh I can´t stop!.

Por isso, não vamos parar – por favor, juntem-se a nós nesta viagem.

Alisson Avila, Irit Batsry e Mario Gutiérrez Cru

VEM – Video Art in Movement is an itinerant fruition experience of Iberian and international creations exploring environments of transition and passage. Every summer a van travels between Spain and Portugal exhibiting a programe of works by international video artists. 

Curatorial programe with  a historical perspective that its open-air attendance, on a summer night, is accessible and of interest to all audiences. The projections are held in small to medium scale environments, removing the works from the traditional exhibition spaces to take them to open public screening.

On and Inside the Roads

VEM program invites you to experience a summer evening with a program that take you to a ride on and inside the roads. We begin our travel at the musical crossroad of Cinthia Marcelle’s Cruzada, a 2010 work playing with our eternal cycle of meeting, mixing, and moving ahead with the others, and we end it with the fast and nervous ride of Oh I can’t stop!, where Zbigniew Rybczynski explores one of his multiple sides (in this case, a somewhat thriller) back to a 1976 short film. Along with Maxime Martinot we ‘run’ and literally oversee The Antilopes (2020), where a sentence by Marguerite Duras uplifts us to a visual poetry trip. With (our) Ear to the Ground, Kit Fitzgerald, John Sanborn and David Van Tieghem make us listen to a 1982 New York City presented as a musical instrument; then, it’s time for us to follow Genadzi Buto’s pencil of Too Big Drawing (2021), one that embarks us on a immense scale voyage. Along the way we’ll find some enclosed fantastic spaces, such as the one-person Republicas
Minimal of Rubén Martín de Lucas, a project developed since the 2010s, and the claustrophobic space of Around and About (1980), which Gary Hill uses for a mental journey into language. There are the image landscapes devoid of the human figure in Magda Gebhardt’s Atlas (2012), and several videos in which the performer(s) are crucial elements: be them the artists themselves (Hill, de Lucas, Buto), be it musicians  (Marcelle, Sanborn/Fitzgerald/Van Tieghem), or still the cinematic characters of Christina Schultz’s Decision of No Return or A sense of territory (piece of 2017, where Sherlock Holmes, Miss Marple, James Bond and Monsieur Poirot pop up into our imagery) or even the invisible monster of Oh I can’t stop!.

So lets not stop – please join as for the ride.

Alisson Avila, Irit Batsry e Mario Gutiérrez Cru

VEM – Videoarte en Movimiento es una experiencia itinerante de la creación visual en ambientes de transición y de paso. En verano, una furgoneta viaja entre España y Portugal exhibiendo un programa compuesto por obras de videoartistas internacionales.

Se trata de un comisariado de videoarte con perspectiva histórica para que su asistencia al aire libre, en una noche de verano, sea accesible y de interés para todos los públicos. Las proyecciones se llevan a cabo en entornos de pequeña y mediana escala, sacando las obras del contexto expositivo tradicional para llevarlas a espacios de proyección pública abiertos.

Por dentro y por fuera de los caminos

VEM os invita a vivir una noche de verano con un programa que te lleva por diferentes caminos. Comenzamos nuestro viaje en la encrucijada musical de Cruzada de Cinthia Marcelle, obra de 2010 que juega con nuestro eterno ciclo de encuentros, confrontaciones y avances con los demás y lo finalizamos con el viaje rápido y nervioso de Oh I can’t stop!, donde Zbigniew Rybczynski explora una de sus múltiples facetas (en este caso, un thriller corto de 1976). Por el camino junto a Maxime Martinot, «corremos» y supervisionamos literalmente The Antilopes (2020), donde una frase de Marguerite Duras nos lleva a un viaje de poesía visual. Con Ear to the Ground, Kit Fitzgerald, John Sanborn y David Van Tieghem nos hacen escuchar un New York de 1982 presentado como instrumento musical; a continuación, nos toca seguir el lápiz de Genadzi Buto en Too Big Drawing (2021), que nos embarca en un enorme viaje a gran escala. Por el camino encontraremos fantásticos espacios cerrados y circunscritos, como el unipersonal Repúblicas Mínimas de Rubén Martín de Lucas, proyecto desarrollado desde la década de 2010, y la ambientación claustrofóbica de Around and About (1980), que utiliza Gary Hill para un viaje mental, esta vez al lenguaje. También están los paisajes imaginarios desprovistos de la figura humana como en Atlas (2012), de Magda Gebhardt, y varios vídeos en los que el, o los performers, son elementos cruciales: ya sean los propios artistas (Hill, de Lucas, Buto), ya sean los músicos (Marcelle, Sanborn / Fitzgerald / Van Tieghem), o los personajes cinematográficos de Decision of No Return ou A sense of territory, de Christina Schultz (obra de 2017, donde aparecen Sherlock Holmes, Miss Marple, James Bond y Poirot en nuestra imaginación), o incluso el monstruo invisible de Oh I can’t stop!.

¡Que no se detenga: únete al viaje!

Alisson Avila, Irit Batsry e Mario Gutiérrez Cru

ÉSTA ES UNA PLAZA!
Calle Doctor Fourquet, 24, Madrid
14 JUL 2023. 22h
COLLEGIUM
Plaza de la Villa, Arévalo
19 JUL 2023. 22h
MUSEO VOSTELL MALPARTIDA
Ctra. de Los Barruecos, Malpartida de Cáceres
20 JUL 2023. 22h
CCB - CENTRO CULTURAL BELÉM
Praça do Império, Lisboa
22 JUL 2023. 22h
CINETEATRO CURVO SEMEDO
Tv. do Calvário 2, Montemor-o-Novo
26 JUL 2023. 22h
CASA DA CERCA
R. da Cerca, Almada
28 JUL 2023. 21:30h
DUPLACENA 77
Regueirão Anjos ,77b, Lisboa
29 JUL 2023. 22h
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AGENDA 2023

14 julho / july / julio. 22h
ÉSTA ES UNA PLAZA! – MADRID
C/ Doctor Fourquet, 24, Madrid 

19 julho /
july / julio
. 22h
COLLEGIUM – ARÉVALO

San Ignacio de Loyola, 8-22, Arévalo

20 julho / july / julio. 22h
MUSEO VOSTELL MALPARTIDA – CÁCERES
Ctra.  Los Barruecos, s/n. Malpartida de Cáceres

22 julho / july / julio. 22h
CCB CENTRO CULTURAL BELÉM – LISBOA
Praça do Império, Lisboa

26 julho / july / julio. 22h
CINETEATRO CURVO SEMEDO – MONTEMOR-O-NOVO
Tv. do Calvário 2, Montemor-o-Novo

28 julho / july / julio. 21:30h
CASA DA CERCA – ALMADA
R. da Cerca, Almada

29 julho / july / julio. 22h
DUPLACENA 77 – LISBOA
Regueirão Anjos ,77b, Lisboa

 

Programa / Programe / Programa

Cinthia Marcelle: Cruzada (Brazil, 2010, 8:36)
Rubén Martín de LucasRepública Mínima 7  (Spain, 2016, 1:23)
. Kit Fitzgerald, John Sanborn, David Van Tieghem: Ear to the Ground (USA, 1982, 4:25)
.
Maxime Martinot: Les Antilopes (France/Portugal, 2020, 8:00)
Rubén Martín de LucasRepública Mínima 12  (Spain, 2016, 1:31)
Magda Gebhardt: Atlas (Brazil, 2012, 6:12)
Genadzi ButoToo Big Drawing (Bielorrusia, 2021, 5:13)
. Gary Hill: Around and About (USA, 1979-80, 4:45)
Christina SchultzDecision of No Return or A Sense of Territory (Germany/Spain, 2017, 8:08)
Rubén Martín de LucasRepública Mínima 4  (Spain, 2016, 0:43)
.
Zbigniew Rybczynski: Oh, I can´t stop! (Polonia, 1975, 10:09)

Obras / Pieces / Obras

Cinthia Marcelle
Cruzada
(Brazil, 2010,8:36)

Uma banda de música desfila por uma encruzilhada.
Valendo-se de aspectos de performance, pintura, videoarte e arte sonora, a obra explora a dinâmica entre repetição e variação, ao levantar questões sobre conflitos socioculturais.

A music band parades through a crossroads.
Availing of aspects of performance, painting, video art, and sound art, the work explores the dynamics between repetition and variation by raising questions about sociocultural conflicts.

Una banda de música desfila por un cruce de caminos.
Aprovechando aspectos de performance, pintura, videoarte y arte sonoro, el trabajo explora la dinámica entre la repetición y la variación en planteando interrogantes sobre los conflictos socioculturales.

Rubén Martín de Lucas
Repúblicas Mínimas  7
(Spain, 2016, 1:23)

Repúblicas Mínimas é um conjunto de “microestados” cujo limite responde a um critério artificial (a geometria), têm uma área constante (100 m2), uma duração que nunca ultrapassa as 24 horas e um único habitante – o próprio artista.

Alguns estados são ridículos e absurdos. Alguns fragmentos de território dos quais o artista se apropria, geralmente sem permissão, no máximo por um dia. A documentação destas ações, sob a forma de fotografias e vídeos aéreos, convida-nos a refletir sobre o caráter artificial e efémero de todas as fronteiras e sobre o sentimento de pertença que a humanidade exerce sobre uma Terra que, no entanto, nos transcende em idade.

Microestado de 100m2, 1 habitante e 1 dia de duração realizado sem autorização num campo de colheita de cereais nas coordenadas 40.7654770, -2.9947316. Planta em forma de quadrado, e 10m de cada lado. Fronteira construída com tapete azul a partir de materiais residuais.

Minimal Republics is a set of «microstates» whose limit responds to an artificial criterion, geometry, have a constant area, 100 m2, a duration that never exceeds 24 hours and a single inhabitant, the artist himself.
Some ridiculous and absurd states. A few fragments of territory that the artist appropriates, usually without permission, for a maximum of one day. The documentation of these actions, in the form of aerial photographs and overhead videos, invites us to reflect on the artificial and ephemeral nature of all borders and on the feeling of ownership that humanity exercises over an Earth that, however, transcends us in age.
Microstate of 100m2, 1 inhabitant and 1 day duration carried out without permission in a field of harvested cereal at coordinates 40.7654770, -2.9947316. Plant shaped as a square with a side of 10m. Border built with blue carpet made of waste materials.

Repúblicas Mínimas es un conjunto de “microestados” cuyo límite responde a un criterio artificial, la geometría, tienen un área constante, 100 m2, una duración que nunca supera las 24 horas y un único habitante, el propio artista.
Unos estados ridículos y absurdos. Unos fragmentos de territorio de los que el artista se apropia, normalmente sin permiso, durante un máximo de un día. La documentación de estas acciones, en forma de fotografías aéreas y vídeos cenitales, nos invita a reflexionar sobre la naturaleza artificial y efímera de toda frontera y sobre el sentimiento de propiedad que la humanidad ejerce hacia una Tierra que, sin embargo, nos trasciende en edad.

Microestado de 100m2, 1 habitante y 1 día de duración realizado sin permiso en un campo de cereal segado en las coordenadas 40.7654770, -2.9947316. Planta en forma de cuadrado de 10m de lado. Frontera construida con moqueta azul proveniente de materiales de desecho.

Kit Fitzgerald, John Sanborn and David Van Tieghem
Ear to the Ground
(USA, 1982, 4:25)

David Van Tieghem toca as ruas de Nova Iorque com um abandono imprudente. O som que se ouve é exatamente como aconteceu.
Produção e realização: Kit Fitzgerald e John SanbornConceito e Performance: David Van Tieghem

David Van Tieghem touches the streets of New York with reckless abandon. The sound you hear is exactly how it happened
Production and Directing: Kit Fitzgerald and John Sanborn
Concept and Performance: David Van Tieghem

David Van Tieghem toca las calles de Nueva York con un abandono temerario. El sonido que escuchas es exactamente como sucedió.
Producción y Dirección: Kit Fitzgerald y John Sanborn
Concepto y Ejecución: David Van Tieghem

Maxime Martinot
Les Antilopes
(France/Portugal, 2020, 8:00)

Um dia, nas costas de Marrocos, há cento e cinquenta anos, milhares de antílopes atiraram-se ao mar em conjunto

«One day, in Marroc costs, one hundred and fifty years ago, thousands of antelopes threw themselves into the sea together.» (Marguerite Duras)

«Un día, en las costas de Marruecos, hace ciento cincuenta años, miles de antílopes se lanzaron juntos al mar.» (Marguerite Duras)

Rubén Martín de Lucas
Repúblicas Mínimas  12
(Spain, 2016, 1:31)

Microestado de 100m2, 1 habitante e 5 horas e meia de duração realizada numa praia durante a subida da maré. Coordenadas 43.399488, -4.358119. Planta em forma de círculo com raio de 5,64m. Fronteira construída com pedras locais.

Microestate of 100m2, 1 inhabitant and 5 hours and a half of duration carried out on a beach during the rise of the tide. Coordinates 43.399488, -4.358119. Plant shaped as a circle with a radius of 5.64m. Border built with local stones.

Microestado de 100m2, 1 habitante y 5 horas y media de duración realizado en una playa durante la subida de marea. Coordenadas 43.399488, -4.358119. Planta en forma de círculo de radio 5,64m. Frontera construida con piedras del lugar.

Magda Gebhardt
Atlas
(Brazil, 2012, 6:12)

Magda Gebhardt , tal como Atlas, carrega o mundo nas costas, presa numa performance de construção e destruição de paisagens cujas referências de espaço e tempo são continuamente redefinidas. A obra de Magda permite uma analogia entre paisagem e imagem, duas criações humanas cujos artifícios conduzem à sua própria criação. É assim que a artista ganha proeminência, no papel daquela que olha e observa – um lugar a partir do qual se organizam e se distribuem as visões do mundo.

Magda Gebhardt, like Atlas, supports the world on her back, trapped in a performance of construction and destruction of landscapes whose references of space and time are continually redefined. Magda’s work allows an analogy between landscape and image, two human creations whose artifices are taking them as drivers of her own creation. This is how she gains prominence in the role of the one who watches and observes, a place from which visions of the world are organized and distributed.

Magda Gebhardt, al igual que Atlas, soporta al mundo sobre sus espaldas, atrapada en una performance de construcción y destrucción de paisajes cuyas referencias de espacio y tiempo son redefinidas continuamente. La obra de Magda  permite una analogía entre paisaje e imagen, dos creaciones humanas cuyos artificios son puestos al descubierto cuando se toman como impulsores de su propia creación. Es así como cobra protagonismo el papel del que mira y observa, un lugar a partir del cual se organizan y reparten las visiones del mundo.

Genadzi Buto
Too Big Drawing
(Bielorrusia, 2021, 5:13)

O desenho que se estende para além do papel, delineando o mundo real.

The drawing extends beyond the paper, outlining the real world.

El dibujo se extiende más allá del papel, perfilando el mundo real.

Gary Hill
Around and About
(USA, 1979-80, 4:45)

Em 1979-80, eu dava aulas no Departamento de Estudos de Media da New York State University em Buffalo, em substitção de Woody e Steina Vasulka, que partiram para Santa Fé. A meio do ano, tive de deixar o meu apartamento abruptamente e mudei-me para o meu escritório – um espaço relativamente pequeno com uma mesa, alguns quadros-negros, um sofá e tudo o que eu possuía – sobretudo, equipamento. Quase tudo que eu podia fazer era trabalhar, nem que fosse para não me sentir claustrofóbico (mover as coisas parecia tornar o espaço maior).

Around & About surgiu de um cenário ‘e se’. E se eu cortasse imagens para cada sílaba de um texto falado? (Uma maneira de me manter ocupado?) Uma tarefa assustadora na época das máquinas U-matic e controladores desajeitados. Fiz tudo manualmente, a pressionar o botão de corte da edição para cada sílaba. A cada retrocesso, eu ouvia e antecipava a próxima sílaba, aprendendo à medida que avançava de modo a ajustar reações atrasadas. Aprendi rapidamente – cada ‘erro’ era um passo à frente e um ou mais para trás. Rapidamente escrevi – quase poderia dizer rabisquei – um texto, movido pelo rompimento de um relacionamento pessoal, mas mais precisamente direcionado a um outro abstrato; ou seja, alguém com quem o espectador poderia se identificar.

Ao invés de gravar e recolher imagens separadamente, configurei as câmaras ‘ao vivo’ para cada edição/sílaba de todo o texto, construindo-o linearmente do inicio ao fim. Limitei-me a imagens da sala, principalmente momentos não muito memoráveis de paredes, móveis e o que mais estivesse por ali. Realmente não importava; tudo era mais sobre mudança e manter o espectador ocupado enquanto eu falava. A fala foi ‘automatizando’ o acontecimento, fazendo acontecer o que quer que acontecesse, às vezes tirando o olhar do ecrâ para o hipotético espaço fora da caixa.

Quasha, George and Charles Stein. An Art of Limina: Gary Hill’s Works and Writings. Barcelona: Ediições Polígrafa, 2009, p. 568.

In 1979-80, I was teaching in the Media Studies Department at the State University of New York at Buffalo, filling in for Woody and Steina Vasulka, who had left for Santa Fe. Midway in the year I abruptly had to leave my apartment and move into my office—a relatively small space with a desk, a couple of chalkboards, a couch, plus everything I owned, which was mostly media equipment. About all I could do was work, if only to keep from feeling claustrophobic (moving things around seemed to make the space bigger). Around & About came out of a ‘what if’ scenario. What if I were to cut images to every syllable of a spoken text? (A way to keep me busy?) A daunting task in the time of U-matic machines and sloppy controllers. I did it all manually, hitting the edit button for every syllable. With each rewind I would listen and anticipate the coming syllable, learning as I went along to adjust for delayed reaction. I learned quickly—every ‘mistake’ was a step forward and one or more back. Rather quickly I wrote—I could almost say scribbled—a text, driven by a personal relationship breakup, yet, more to the point, directed to an abstract other; that is, someone a viewer could identify with. Rather than separately recording and collecting images, I set the cameras up ‘live’ for each edit/syllable of the entire text, constructing it linearly from beginning to end. I limited myself to images of the room, mostly unmemorable moments of walls, furniture, and whatever else was lying around. It didn’t really matter; it was more about change and keeping the viewer occupied while I spoke. The speech was ‘automating’ the event, making whatever happened happen, at times drawing the view off the screen to the hypothetical space outside the box.

Quasha, George and Charles Stein. An Art of Limina: Gary Hill’s Works and Writings. Barcelona: Ediciones Polígrafa, 2009, p. 568.

En 1979-80, estaba enseñando en el Departamento de Estudios de Medios de la Universidad Estatal de Nueva York en Buffalo, reemplazando a Woody y Steina Vasulka, quienes se habían ido a Santa Fe. A mitad de año tuve que abandonar abruptamente mi apartamento y mudarme a mi oficina, un espacio relativamente pequeño con un escritorio, un par de pizarras, un sofá y todo lo que poseía, que en su mayoría era equipo multimedia. Casi todo lo que podía hacer era trabajar, aunque solo fuera para no sentirme claustrofóbico (mover las cosas parecía agrandar el espacio). Around & About surgió de un escenario de «qué pasaría si». ¿Qué pasaría si tuviera que cortar imágenes en cada sílaba de un texto hablado? (¿Una forma de mantenerme ocupado?) Una tarea abrumadora en la época de las máquinas U-matic y los controladores descuidados. Lo hice todo manualmente, presionando el botón de edición para cada sílaba. Con cada rebobinado, escuchaba y anticipaba la siguiente sílaba, aprendiendo a medida que avanzaba a ajustarme a la reacción retrasada. Aprendí rápidamente: cada ‘error’ era un paso adelante y uno o más atrás. Con bastante rapidez escribí —casi podría decir garabateado— un texto, impulsado por una ruptura de relación personal, pero, más concretamente, dirigido a un otro abstracto; es decir, alguien con quien un espectador podría identificarse. En lugar de grabar y recopilar imágenes por separado, configuré las cámaras ‘en vivo’ para cada edición/sílaba del texto completo, construyéndolo linealmente de principio a fin. Me limité a imágenes de la habitación, en su mayoría momentos inmemorables de paredes, muebles y cualquier otra cosa que estuviera tirada por ahí. Realmente no importaba; se trataba más de cambiar y mantener al espectador ocupado mientras yo hablaba. El discurso estaba ‘automatizando’ el evento, haciendo que sucediera lo que sucediera, a veces sacando la vista de la pantalla al espacio hipotético fuera de la caja”.

Quasha, George y Charles Stein. Un arte de limina: obras y escritos de Gary Hill. Barcelona: Ediciones Poligrafa, 2009, p. 568.

Christina Schultz
Decision of No Return or A Sense of Territory
(Germany/Spain, 2017, 8:08)

Uma história que segue as características da melhor narrativa policial que serve de cenário para novas e velhas relações entre a Grã-Bretanha e a Europa do ponto de vista dos próprios heróis de infância do artista.
Uma história de detetive protagonizada pelos mais famosos investigadores britânicos: Sherlock Holmes, Miss Marple, Os Cinco, James Bond, John Steed e Emma Peel, Monsieur Poirot, onde todos representam a Inglaterra.

A story which follows in the steps of the best crime narrative just to set the new and old relationships between Great Britain and Europe from the point of view of the artist’s childhood heroes. A detective story starring the most famous british investigators: Sherlock Holmes, Miss Marple, The Five, James Bond, John Steed and Emma Peel, Monsieur Poirot, where they all represent England.

Una historia que sigue las características de la mejor narrativa policiaca que sirve para ambientar las nuevas y viejas relaciones entre Gran Bretaña y Europa desde el punto de vista de los héroes de la infancia de la propia artista.
Una historia de detectives protagonizada por los más famosos investigadores británicos: Sherlock Holmes, Miss Marple, Los Cinco, James Bond, John Steed y Emma Peel, Monsieur Poirot, donde todos representan a Inglaterra.

 
 

 

 

Rubén Martín de Lucas
Repúblicas Mínimas  4
(Spain, 2016, 0:43)

Micropropriedade de 100m2, 1 habitante e 1 dia de duração realizada sem autorização em pousio nas coordenadas 40.720273, -3.241565. Planta em forma de triângulo equilátero com 15,19m de lado. Fronteira construída com pedras locais, deslocadas e alinhadas.

Microestate of 100m2, 1 inhabitant and 1 day duration carried out without permission on fallow land at coordinates 40.720273, -3.241565. Plant shaped as an equilateral triangle with and edge of 15.19m. Border built with local stones, displaced and aligned.

Microestado de 100m2, 1 habitante y 1 día de duración realizado sin permiso en una tierra en barbecho en las coordenadas 40.720273, -3.241565. Planta en forma de triángulo equilátero de 15,19m de lado. Frontera construida con piedras del lugar, desplazadas y alineadas.

Zbigniew Rybczynski
Oh, I can´t stop!
(Polonia, 1975, 10:09)

A história de um monstro que, movendo-se a uma enorme velocidade, devora tudo o que encontra pelo caminho: pessoas, animais, carros, edifícios.

A story of a monster which, moving at an enormous speed, devours whatever comes across on its way: people, animals, cars, buildings.

La historia de un monstruo que, moviéndose a una enorme velocidad, devora todo lo que encuentra a su paso: personas, animales, coches, edificios.

Locais / Venues / Sedes

Ésta es una Plaza!

14 JUL 2023. 22:00h

Calle Doctor Fourquet, 24 Madrid

Collegium

19 JUL 2023. 22:00h

C. San Ignacio de Loyola, 18, Arévalo

Museo Vostell Malpartida

20 JUL 2023. 22:00h

Calle los Barruecos, s/n, Malpartida de Cáceres
https://museovostell.org/

CCB – Centro Cultural Belêm

22 JUL 2023. 22:00h

Praça do Império, 1449-003 Lisboa, Portugal

Cineteatro Curvo Semedo

26 JUL 2023. 22:00h

Tv. do Calvário 2, Montemor-o-Novo

Casa da Cerca

28 JUL 2023. 21:30h

R. da Cerca, 2800-050 Almada

Espaço Duplacena

29 JUL 2023. 22:00h

Regueirão Anjos ,77b, Lisboa
https://duplacena.com/

Equipa / Team / Equipo

Conceito e Direção Artística: Alisson Ávila e Irit Batsry
Direção: António Câmara Manuel
Curaduría: Alisson Ávila, Irit Batsry e Mario Gutiérrez Cru
Van Master, projeção, design e website: Mario Gutiérrez Cru
Direção de Produção: Ana Calheiros
Assessoria de Imprensa: Helena Marteleira
Comunicação: Ana Calheiros e Helena Marteleira
Tradução e revisão de conteúdos: Ana Calheiros e Mario Gutiérrez Cru
Produção: Duplacena 
Produzido com a cumplicidade de: PROYECTOR
Financiamento: República Portuguesa – Cultura + Câmara de Lisboa +  Direção-Geral das Artes
Apoio: Casa da Cerca, CCB, Collegium, Ésta es una Plaza!, Museo Vostell Malpartida, O Espaço do Tempo