Loops Em Movimento

2021

Loops in Movement é o projeto antecessor da VEM que nasceu do Loops.Expanded, uma plataforma internacional dedicada a repensar o conceito de Loop através de exposições, simpósios, palestras e masterclasses.

Em 2021, a primeira viagem foi feita numa carrinha a projetar videoarte entre Madrid e Lisboa, ligando a Península Ibérica e os festivais FUSO e PROYECTOR.

Trata-se de uma ação de baixo custo, alto impacto e alta visibilidade, adaptada ao momento social de combate à Covid-19, produzida por Duplacena e que visa proporcionar uma experiência relacional e tornar a videoarte num ambiente conhecido de transição, de movimento.
A proposta consisteu numa carrinha que se desloca de Madrid a Lisboa, de 18 a 23 de agosto, exibindo uma programação exclusiva de videoartistas portugueses durante as noites da viagem.
Para esta primeira edição foram selecionadas as obras expostas a partir de 2015 no âmbito do Loops.Lisboa, produzidas por Duplacena no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC).
Respeitando sempre as regras de distanciamento social, os projetos foram realizados em ambientes de pequena e média dimensão, retirando estas obras do ambiente expositivo e levando-as para espaços abertos à projeção pública. Informações contextuais e educativas sobre os artistas e suas obras foram fornecidas pessoalmente pelo curador que acompanha a viagem.

Loops in Movement is the predecessor project of VEM that was born from Loops.Expanded, an international platform dedicated to rethinking the concept of Loop through exhibitions, symposiums, talks and masterclasses.

In 2021, the first trip was made in a van projecting video art between Madrid and Lisbon, linking the Iberian Peninsula and the FUSO and PROYECTOR festivals.

It´s a low-cost, high-impact and high-visibility action, adapted to the social moment of the fight against Covid-19, produced by Duplacena and which aims to provide a relational experience and make video art in an environment known of transition, of movement.
The proposal consists of a van that travelled from Madrid to Lisbon, from the 18th to 23rd, showing an exclusive program of Portuguese video artists during the nights of the trip.
For this first edition, works exhibited from 2015 onwards in the scope of Loops.Lisboa, produced by Duplacena in the National Museum of Contemporary Art – Museo Chiado (MNAC) were selected.
Always respecting the rules of social distance, the projects was carried out in small and medium-scale environments, taking these works out of the exhibition environment and taking them to spaces open to the public projection. Contextual and educational information about the artists and their works were provided in person by the curator who accompanies the trip.

Loops in Movement es el proyecto antecesor de VEM que nace de Loops.Expanded, una plataforma internacional dedicada a repensar el concepto de Loop mediante exposiciones, simposios, charlas y masterclass.

En 2021 se realizó el primer viaje en furgoneta proyectando videoarte entre Madrid y Lisboa, uniendo la península ibérica y los festivales FUSO y PROYECTOR.

Una acción de bajo coste, alto impacto y alta visibilidad, adaptada al momento social de la lucha contra el Covid-19, producida por Duplacena y que pretende aportar una experiencia relacional y dar a conocer el videoarte en un entorno de transición, de movimiento.
La propuesta consistió en una furgoneta que viajó de Madrid a Lisboa, del 18 al 23 de agosto, mostrando un programa exclusivo de videoartistas portugueses durante las noches del viaje.
Para esta primera edición se seleccionaron obras expuestas a partir de 2015 en el ámbito de Loops.Lisboa, producidas por Duplacena en el Museo Nacional de Arte Contemporáneo – Museo Chiado (MNAC).
Siempre respetando las normas de distancia social, los proyectos se realizaron en entornos de pequeña y mediana escala, sacando estas obras del entorno expositivo y llevándolas a espacios abiertos a la proyección del público. La información contextual y educativa sobre los artistas y sus obras fue proporcionada personalmente por el curador que acompañó el viaje. 

AGENDA 2021

18 de agosto / august / agosto
ÉSTA ES UNA PLAZA! – MADRID

19 de agosto / august / agosto
MUSEO VOSTELL MALPARTIDA – CÁCERES

20 de agosto / august / agosto
JARDIM MUNICIPAL DE PAÇO DE ARCOS
21 de agosto / august / agosto

CENTRO HISTÓRICO DA VILA DE OEIRAS

22 de agosto / august / agosto

CCB – CENTRO CULTURAL BELÉM – LISBOA

23 de agosto / august / agosto
CCB – CENTRO CULTURAL BELÉM – LISBOA

Mané
Periodo Azul (2018 / 11:45)

Uma revisitação não cronológica de obras icónicas dos ‘grandes mestres da arte’ (do século XX à atualidade) centrada na cor azul como ponto de partida para a narrativa que (literalmente) se desenrola num rolo de papel. É girado/desenhado/girado sucessivamente, num movimento mise en abîme que reproduz materialmente o loop imaterial da imagem. A construção de imagens icónicas (e irónicas) faz-se inicialmente com recurso às ferramentas tradicionais do desenho e da pintura, posteriormente substituídas por objetos domésticos/intimistas, culminando numa sugestiva masturbação. O loop remodela o significado das ações e objetos. O efeito de espelho entre o loop e seu reflexo sublinha a repetição (sistemática) de uma tendência (sistêmica) em momentos significativos de transição na arte ocidental, sinalizando a constante nas convenções substitutas e substitutas. A página volta sempre em branco: pronta para ser reescrita.
Direção e Produção: Mané
Imagem e Edição: Mané e Bernardo Fachada

A non-chronological revisiting of iconic works of ‘the great masters of art’ (from the 20th century to the present) centered on the blue color as a starting point for the narrative that (literally) unfolds on a roll of paper. It is successively rotated/drawn/rotated, in a mise en abîme movement that materially reproduces the immaterial loop of the image. The construction of iconic (and ironic) images is initially done by using the traditional tools of drawing and painting, later replaced by domestic/ intimate objects, culminating in a suggestive masturbation. The loop reshapes the meaning of the actions and objects. The mirror effect between the loop and its reflection underlines the (systematic) repetition of a (systemic) tendency at significant moments of transition in Western art, signaling the constant in the replacing and substituted conventions. The page returns always as a blank one: ready to be rewritten.
Directing and Production: Mané
Image and Editing: Mané and Bernardo Fachada

Una revisión no cronológica de obras icónicas de ‘los grandes maestros del arte’ (desde el siglo XX hasta el presente) centrada en el color azul como punto de partida para la narrativa que (literalmente) se desarrolla en un rollo de papel. Se gira/dibuja/gira sucesivamente, en un movimiento de mise en abîme que materialmente reproduce el loop inmaterial de la imagen. La construcción de imágenes icónicas (e irónicas) se realiza inicialmente utilizando las herramientas tradicionales del dibujo y la pintura, reemplazadas luego por objetos domésticos/intimos, culminando en una sugerente masturbación. El bucle remodela el significado de las acciones y los objetos. El efecto espejo entre el bucle y su reflejo subraya la repetición (sistemática) de una tendencia (sistémica) en momentos significativos de transición en el arte occidental, señalando la constante en las convenciones reemplazantes y sustituidas. La página vuelve siempre en blanco: lista para ser reescrita.
Dirección y Producción: Mané
Imagen y Edición: Mané y Bernardo Fachada

João Cristóvão Leitão
O Retrato de Ulisses
(2015 / 5’:17)

“Retrato de Ulisses” é uma viagem vertiginosa no tempo e na literatura. Uma viagem onde Ulisses é aprisionado pelo mecanismo que é o loop, que opera a nível narrativo, a nível espaço-temporal (mediante a utilização de um único plano-sequência) e a nível visual (através da constante reutilização de mesmo material imagético).
Afinal, “Retrato de Ulisses” nada mais é do que um ato de questionamento da identidade humana ao confrontá-la com a possibilidade da circularidade do tempo e com suas durações objetivas e subjetivas. Ulisses é Ulisses. No entanto, isso não significa que ele não seja, simultaneamente, Cervantes, Pierre Menard, Alexandre Magno, César, Homero, Tchekhov, Nietzsche, Borges e, sem dúvida, eu também.
Realização, Som, Edição, Produção e Locução: João Cristóvão Leitão | Textos (baseados em): Anton Chekhov, Friedrich Nietzsche e Jorge Luis Borges | Com: Duarte Amaral Soares | Assistente, Direção: Marta Ribeiro | Assistente, Produção: Joana Peralta | Pós Produção de Imagens e Editor Assistente: Miguel Leitão | Gravação de Som e Pós Produção de Voice-Over: Manuel Ramos | Tradução: Ana Pessanha

“Ulysses’ Portrait” is a giddy journey through time and through literature. A journey where Ulysses is entrapped by the mechanism that is the loop, which operates at a narrative level, at a spatio-temporal level (given the use of a single sequence shot) and at a visual level (by means of the constant reuse of the same imagery material).
After all, “Ulysses’ Portrait” is nothing more than an act of questioning human identity when confronting it with the possibility of time’s circularity and with its objective and subjective durations. Ulysses is Ulysses. However, that doesn’t mean that he isn’t, simultaneously, Cervantes, Pierre Menard, Alexander the Great, Caesar, Homer, Tchekhov, Nietzsche, Borges and, undoubtedly, myself as well.
Directing, Sound, Editing, Production and Voice-Over: João Cristóvão Leitão | Texts (basead on): Anton Chekhov, Friedrich Nietzsche and Jorge Luis Borges | With: Duarte Amaral Soares | Assitant, Direction: Marta Ribeiro | Assitant, Production: Joana Peralta | Post Production of Images and Assitant Editor: Miguel Leitão | Sound Recording and Post Production of Voice-Over: Manuel Ramos | Translation: Ana Pessanha

“Retrato de Ulises” es un viaje vertiginoso a través del tiempo y la literatura. Un viaje en el que Ulises queda atrapado por el mecanismo del loop, que opera a nivel narrativo, espacio-temporal (dado el uso de un único plano secuencia) y visual (mediante la reutilización constante del mismo material de imágenes).
Al fin y al cabo, “Retrato de Ulises” no es más que un acto de cuestionamiento de la identidad humana al confrontarla con la posibilidad de la circularidad del tiempo y con sus duraciones objetivas y subjetivas. Ulises es Ulises. Sin embargo, eso no significa que no sea, a la vez, Cervantes, Pierre Menard, Alejandro Magno, César, Homero, Tchekhov, Nietzsche, Borges y, sin duda, yo también.
Dirección, Sonido, Edición, Producción y Locución: João Cristóvão Leitão | Textos (basados en): Anton Chekhov, Friedrich Nietzsche y Jorge Luis Borges | Con: Duarte Amaral Soares | Asistente de Dirección: Marta Ribeiro | Asistente, Producción: Joana Peralta | Post Producción de Imágenes y Editor Asistente: Miguel Leitão | Grabación de Sonido y Post Producción de Locución: Manuel Ramos | Traducción: Ana Pessanh

João Bento
Aquela velha questão do som e da imagem / That old question about sound and image
(2000 / 2:47)

Uma paisagem que se move (através das bobinas encontradas em um cinema antigo e vazio), um observador estático e uma trilha sonora. Este vídeo corresponde a um período de investigação realizado no final da década de 1990, em que explorei exaustivamente algumas questões relacionadas com a fotografia, o filme, o vídeo e o som. Questionar estes suportes diferentes mas complementares, transformando-os através da utilização de outras práticas artísticas e preservando o seu funcionamento arcaico pelas suas próprias características intrínsecas. Desta forma, ultrapassámos a objectividade que caracteriza a fotografia, por um corpo de trabalho mais alargado que dela deriva, explorei a forma como olhamos e restabelecemos mentalmente uma imagem estática. A fotografia estabelece uma fixação em um tempo determinado que não se apaga fisicamente ao passar para outro momento. Esse apagamento só ocorre ou pode ocorrer em nosso sistema perceptivo. Uma característica humana contraditória à reprodutibilidade sonoramente mecanizada da fotografia. Entre som e imagem, essa se tornou uma grande questão para mim.
Vídeo, Conceito e Fotografia: João Bento
Trilha Sonora: David Leitão

A landscape that moves (through the reels found in an old and empty movie theatre), a static observer and a soundtrack. This video corresponds to a period of research carried out in the late 1990s, in which I exhaustively explored some issues related with photography, film, video and sound. Questioning these different but complementary supports, transforming them through the use of other artistic practices and preserving their archaic way of functioning through their own intrinsic characteristics. In this way, we got beyond the objectivity that characterizes photography, by a larger body of work which derived from it, I explored the way we look and mentally re-establish a static image. Photography establishes a fixation at a specific time that does not physically erase itself while moving into another moment. This erasing only occurs or may occur in our perceptual system. A human characteristic contradictory to the sonorously mechanized reproducibility of photography. Between sound and image, this became a great question to me.
Vídeo, Concept and Photography: João Bento. 
Soundtrack: David Leitão

Un paisaje que se mueve (a través de las bobinas de una sala de cine vieja y vacía), un observador estático y una banda sonora. Este vídeo corresponde a un período de investigación realizado a fines de la década de 1990, en el cual se explora de manera exhaustiva algunos temas relacionados con la fotografía, el cine, el vídeo y el sonido. Cuestionar estos soportes diferentes pero complementarios, transformándolos a través del uso de otras prácticas artísticas y conservando su funcionamiento arcaico a través de sus propias características intrínsecas. De esta manera, superamos la objetividad que caracteriza a la fotografía, mediante un cuerpo de trabajo más amplio que derivó de ella, explora la forma en que miramos y restablecemos mentalmente una imagen estática. La fotografía establece una fijación en un momento específico que no se borra físicamente mientras se traslada a otro momento. Este borrado solo ocurre o puede ocurrir en nuestro sistema perceptivo. Una característica humana contradictoria con la reproductibilidad sonoramente mecanizada de la fotografía. Entre sonido e imagen, esto se convirtió en una gran pregunta para el artista.
Vídeo, Concepto y Fotografía: João Bento
Banda sonora: David Leitão

Eunice Artur, agendas oscuras
Pandopticon
(2020 / 13:32)

Liberdade de confinamento,
proximidade à distância,
terraços da janela traseira,
poluição da natureza,
ainda movimento,
vizinhos estranhos,
condição física de doença,
intermediário do dia a dia,
Março Abril,
praga ano 20 20.
panóptico pandêmico.

Confinement freedom,
distance proximity,
rear window terraces,
nature pollution,
stillness movement,
strangers neighbors,
disease fitness,
quotidian intermission,
march april,
20 20 year plague.
pandemic panopticon.

 Libertad de confinamiento,
proximidad a la distancia,
terrazas en la ventana trasera,
contaminación de la naturaleza,
movimiento de quietud,
vecinos extraños,
condición física de enfermedad,
intermedio cotidiano,
marzo abril,
plaga año 20 20.
panóptico pandémico.

Tiago Rosa-Rosso
Zootrópico
(2016 / 14:00)

(…)

«The earth is blue like an orange
Never an error words do not lie
They no longer let you sing
It is kisses’ turn to agree
The madmen and the loves
She her wedding ring mouth
All the secrets all the smiles
And what garments of indulgence
To believe her all naked
The wasps bloom green
The dawn around the neck
A necklace of windows
Wings cover the leaves
You have all the solar joys
All the sun on earth
On the paths of your beauty.»
Paul Eluard

(…)

Locais / Venues / Sedes

Ésta es una Plaza!

18 JUL 2021. 22h

Calle Doctor Fourquet, 24 Madrid

Museo Vostell Malpartida

19 JUL 2021. 22:00h

Calle los Barruecos, s/n, Malpartida de Cáceres
https://museovostell.org/

Jardim Municipal de Paço de Arcos

20 JUL 2021. 21:30h

Jardim Municipal de Paço de Arcos, Oeiras, Lisbon

Centro Histórico da Villa de Oeiras

21 JUL 2021. 21:30h

Centro Histórico da Villa de Oeiras, Lisbon

CCB – Centro Cultural Belêm

22-23 JUL 2021. 21:30h

Praça do Império, 1449-003 Lisboa, Portugal
 

Equipa / Team / Equipo

Conceito: Alisson Ávila e Irit Batsry com a cumplicidade de Mario Gutiérrez Cru
Direção: António Câmara Manuel
Direção Artística: Alisson Ávila e Irit Batsry
«Van Master», projeção, design da brochura e website: Mario Gutiérrez Cru
Direção de Produção: Ana Calheiros
Apoio Técnico: Alexandre Coelho
Produção: Horta Seca – Associação Cultural
Co-produção: Duplacena
Produzido com a cumplicidade de PROYECTOR/ Plataforma de Imagen en Movimiento, Madrid