VEM – Videoarte Em Movimento
17 -31 JUL 2024
O VEM – Videoarte Em Movimento é uma experiência itinerante de fruição da criação visual em ambientes de transição e passagem. Durante o verão, uma carrinha viaja entre Espanha e Portugal a exibir um programa composto por obras de videoartistas internacionais.
Trata-se de uma curadoria de perspetiva histórica e com classificação livre – para que a sua assistência a céu aberto, numa noite de verão, seja acessível e do interesse de todos os públicos. As projeções são realizadas em ambientes de pequena a média escala, retirando as obras do ambiente expositivo tradicional para levá-las a espaços abertos de projeção pública.
Políticas de Interferências
Todas as imagens registadas, documentadas e eventualmente ficcionadas pela Arte refletem, traduzem, ou têm como pano de fundo o resultado da intervenção humana na Terra. Esta ideia ultrapassa largamente a conhecida e prevalente agenda ambiental, que deplora as nossas atitudes de intromissão inconsequente na natureza, para dizer respeito a milénios de interposições de todo o tipo: em povos, em geografias, em paisagens, em objetos, em ecossistemas, em nações, em imagens, em corpos, em informações, em governos, em sentimentos. Pertencemos a uma existência marcada por interferências.
E tais intromissões podem tanto correr bem e serem virtuosas, positivamente evolutivas, quanto serem inconsequentes, gratuitas, descuidadas, dolosas na sua intenção. Tal intencionalidade determina a nossa história de ciclos e contraciclos de glórias e desgraças, construções e obliterações, conquistas e tragédias. E na qual, consoante a escala e o ângulo sob o qual olhamos, podemos ser tanto agentes quanto vítimas. Pertencemos também a uma existência marcada por políticas, portanto, na medida em que estas intenções e ações determinam a nossa idealização do mundo e os efeitos que dela saem sobre nós e sobre os outros.
Interferências e políticas são dois conceitos poderosos. E que ao transformarem-se em objetos de manifestação do olhar de diferentes artistas, abrem uma enorme paleta de possibilidades de diálogo e construção de significado sobre a qual a programação do VEM – Videoarte Em Movimento 2024 se procurou debruçar. Esta coleção de obras internacionais, e de diferentes épocas e contextos, traz um recorte das múltiplas possibilidades de diálogo que um artista visual pode desenvolver a partir destes dois dispositivos. E que serão exibidas, entre Lisboa e Madrid, a partir de uma carrinha que leva a videoarte a públicos de todas as gerações, em sessões noturnas e a céu aberto durante o alto verão.
Transformadas através da linguagem da imagem, estas ideias de interferências e políticas percorrem diferentes sentimentos e percepções. Como no balé mecânico de Fernando Sánchez Castillo, em «Pegasus Dance» (2007); no opus tour-de-force entre pessoas e equipamentos de Shir Handelsman, em «Recitative» (2019); nos close-ups simbólicos da incongruência entre máquinas e itens cotidianos de Hsin-Yu Chen & Jessi Ali-Jin , em «Semiotics of the Home» (2023); na paisagem interrompida de Tânia Dinis, em “Linha” (2016); na deslocação sonora na paisagem de Katherinne Fiedler & Gabriel Alayza, em «Lugar Común» (2016); na épica contemplação antropocênica de Ilaria di Carlo, em «Sirens» (2022); na aparentemente banal, e randômica, fuga do impacto da materialidade de Kuang-Yu Tsui, em «The Welcome Rain Falling from the Sky» (1997); no enigma espacial rumo a um encontro desconhecido de Enrique Ramirez, em «Cruzar el Muro» (2012); na dorida coleção de invisibilidades de Thenjiwe Niki Nkosi, em “The Same Track” (2023); na supressão de forças físicas de Gary Hill, em «Mediations» (1986); na meta-intervenção no poder de Santiago Sierra & Jorge Galindo, em «Los encargados» (2013); e na ironia poética que celebra a vitória da beleza sobre o poder e a violência de Carlos Aires, em «Sweet dreams are made of this» (2016).
Alisson Ávila, Mario Gutiérrez Cru, António Câmara Manuel
VEM – Video Art in Movement is an itinerant fruition experience of Iberian and international creations exploring environments of transition and passage. Every summer a van travels between Spain and Portugal exhibiting a programe of works by international video artists.
Curatorial programe with a historical perspective that its open-air attendance, on a summer night, is accessible and of interest to all audiences. The projections are held in small to medium scale environments, removing the works from the traditional exhibition spaces to take them to open public screening.
Interference Policies
All the images recorded, documented and possibly fictionalised by art reflect, translate or have as their backdrop the result of human intervention on Earth. This idea goes far beyond the well-known and prevalent environmental agenda, which deplores our attitudes of inconsequential intrusion into nature, to concern millennia of interpositions of all kinds: in peoples, in geographies, in landscapes, in objects, in ecosystems, in nations, in images, in bodies, in information, in governments, in feelings. We belong to an existence marked by interference.
And these interferences can either be good and virtuous, positively evolutionary, or inconsequential, gratuitous, careless, malicious in their intent. This intentionality determines our history of cycles and counter-cycles of glories and misfortunes, constructions and obliterations, conquests and tragedies. And in which, depending on the scale and angle from which we look at it, we can be both agents and victims. We also belong to an existence marked by politics, therefore, insofar as these intentions and actions determine our idealisation of the world and the effects it has on us and others.
Interference and politics are two powerful concepts. And when they are transformed into objects for the gaze of different artists, they open up an enormous palette of possibilities for dialogue and the construction of meaning, which the VEM – Video Art in Movement 2024 programme has sought to address. This collection of international works from different periods and contexts provides a snapshot of the multiple possibilities for dialogue that a visual artist can develop using these two devices. They will be shown between Lisbon and Madrid from a van that brings video art to audiences of all generations, in open-air evening sessions during the high summer.
Transformed through the language of the image, these ideas of interference and politics travel through different feelings and perceptions. As in Fernando Sánchez Castillo‘s mechanical ballet, in «Pegasus Dance» (2007); in Shir Handelsman‘s opus tour-de-force between people and equipment, in «Recitative» (2019); in Hsin-Yu Chen & Jessi Ali-Jin‘s symbolic close-ups of the incongruity between machines and everyday items, in «Semiotics of the Home» (2023); in Tânia Dinis‘ interrupted landscape, in «Linha» (2016); in the sound displacement in the landscape of Katherinne Fiedler & Gabriel Alayza, in «Lugar Común» (2016); in the epic anthropocenic contemplation of Ilaria di Carlo, in «Sirens» (2022); in the apparently banal, random escape from the impact of materiality of Kuang-Yu Tsui, in «The Welcome Rain Falling from the Sky» (1997); in Enrique Ramirez‘s spatial enigma towards an unknown encounter, in «Cruzar el Muro» (2012); in Thenjiwe Niki Nkosi‘s painful collection of invisibilities, in «The Same Track» (2023); Gary Hill‘s suppression of physical forces in «Mediations» (1986); Santiago Sierra & Jorge Galindo‘s meta-intervention in power in «Los encargados» (2013); and Carlos Aires‘ poetic irony celebrating the victory of beauty over power and violence in «Sweet dreams are made of this» (2016).
Alisson Ávila, Mario Gutiérrez Cru, António Câmara Manuel
VEM – Videoarte en Movimiento es una experiencia itinerante de la creación visual en ambientes de transición y de paso. En verano, una furgoneta viaja entre España y Portugal exhibiendo un programa compuesto por obras de videoartistas internacionales.
Se trata de un comisariado de videoarte con perspectiva histórica para que su asistencia al aire libre, en una noche de verano, sea accesible y de interés para todos los públicos. Las proyecciones se llevan a cabo en entornos de pequeña y mediana escala, sacando las obras del contexto expositivo tradicional para llevarlas a espacios de proyección pública abiertos.
Política e interferencias
Todas las imágenes registradas, documentadas y posiblemente ficcionadas por el arte reflejan, traducen o tienen como telón de fondo el resultado de la intervención humana sobre la Tierra. Esta idea va mucho más allá de la conocida y prevalente agenda medioambiental, que deplora nuestras actitudes de intrusión inconsecuente en la naturaleza, para referirse a milenios de interposiciones de todo tipo: en los pueblos, en las geografías, en los paisajes, en los objetos, en los ecosistemas, en las naciones, en las imágenes, en los cuerpos, en la información, en los gobiernos, en los sentimientos. Pertenecemos a una existencia marcada por las interferencias.
Y éstas pueden ser buenas y virtuosas, positivamente evolutivas, o intrascendentes, gratuitas, descuidadas, maliciosas en su intención. Esta intencionalidad determina nuestra historia de ciclos y contra ciclos de glorias y desgracias, construcciones y obliteraciones, conquistas y tragedias. Y en la que, según la escala y el ángulo desde el que miremos esas intenciones, podemos ser tanto agentes como víctimas. Por tanto, también pertenecemos a una existencia marcada por la política, en la medida en que esas intenciones y acciones determinan nuestra idealización del mundo y los efectos que tiene sobre nosotros y los demás.
Política e interferencia son dos conceptos poderosos. Y al transformarse en objetos de manifestación para la mirada de diferentes artistas, abren una enorme paleta de posibilidades para el diálogo y la construcción de significados sobre los que el programa VEM – Videoarte en Movimiento 2024 ha querido abordar. Esta colección de obras internacionales de diferentes épocas y contextos ofrece una instantánea de las múltiples posibilidades de diálogo que un artista visual puede desarrollar utilizando estos dos dispositivos. Se exhibirán entre Lisboa y Madrid desde una furgoneta que acerca el videoarte a públicos de todas las generaciones, en sesiones nocturnas y al aire libre durante el pleno verano.
Transformadas a través del lenguaje de la imagen, estas ideas de interferencia y política viajan a través de diferentes sentimientos y percepciones, como en el ballet mecánico de Fernando Sánchez Castillo, en Pegasus Dance (2007); en el opus tour-de-force entre personas y equipos de Shir Handelsman, en Recitative (2019); en los simbólicos primeros planos de Hsin-Yu Chen & Jessi Ali-Jin sobre la incongruencia entre máquinas y objetos cotidianos, en Semiotics of the Home (2023); en el paisaje interrumpido de Tânia Dinis, en Linha (2016); en el desplazamiento sonoro en el paisaje de Katherinne Fiedler y Gabriel Alayza, en Lugar Común (2016); en la épica contemplación antropocénica de Ilaria di Carlo, en Sirens (2022); en la aparentemente banal y aleatoria huida del impacto de la materialidad de Kuang-Yu Tsui, en The Welcome Rain Falling from the Sky (1997); en el enigma espacial de Enrique Ramirez hacia un encuentro desconocido, en Cruzar el Muro (2012); la dolorosa colección de invisibilidades de Thenjiwe Niki Nkosi en The Same Track (2023); la supresión de fuerzas físicas de Gary Hill en Mediations (1986); la metaintervención del poder de Santiago Sierra y Jorge Galindo en Los encargados (2013); y la ironía poética de Carlos Aires celebrando la victoria de la belleza sobre el poder y la violencia en Sweet dreams are made of this (2016).
(Português / Español )
AGENDA 2024
17 julho / july / julio. 22h
ÉSTA ES UNA PLAZA! – MADRID
C/ Doctor Fourquet, 24, Madrid
18 julho / july / julio. 22h
MUSEO VOSTELL MALPARTIDA – MALPARTIDA DE CÁCERES
Ctra. Los Barruecos, s/n. Malpartida de Cáceres
19 julho / july / julio. 22h
DUPLACENA 77 – LISBOA
Regueirão Anjos ,77b, Lisboa
22 julho / july / julio. 21:30h
CINE-TEATRO CURVO SEMEDO – MONTEMOR-O-NOVO
Montemor-o-Novo
23 julho / july / julio. 22h
CASA DA CERCA – ALMADA
R. da Cerca, Almada
24 julho / july / julio. 22h
CITEMOR – FIGUEIRA DA FOZ
Figueira da Foz
26 julho / july / julio. 22h
BIBLIOTECA MUNICIPAL DE PENAFIEL
Avenida Egas Moniz, Penafiel
31 julho / july / julio. 21h
NORMAL – Espazo de Intervención Cultural – A CORUÑA
Paseo de Ronda, 47, A Coruña
Programa / Programe / Programa
. Fernando Sánchez Castillo: Pegasus Dance (ES, 2007, 12:16)
. Shir HandelSman: Recitative (IL, 2019, 4:57)
. Hsin-Yu Chen & Jessi Ali Lin: Semiotics of the Home (TW, 7:25, 2023)
. Tânia Dinis: Linha (PO, 2016, 2:31)
. Katherinne Fiedler & Gabriel Alayza: Lugar Común (PE, 2016, 2:07)
. Ilaria di Carlo: Sirens (IT, 2022, 13:23)
. Kuang-Yu Tsui: The Welcome Rain Falling from the Sky (TW, 1997, 1:00)
. Enrique Ramirez: Cruzar o Muro (CL, 2012, 5:12)
. Thenjiwe Niki Nkosi: The Same Track (ZA, 2023, 4:03)
. Gary Hill: Mediations (towards a remake of Soundings) (US,1979/86, 4:17)
. Santiago Sierra & Jorge Galindo: Los encargados; (ES, 2015, 5:55)
. Carlos Aires: Sweet dreams are made of this (ES, 2016, 4:21)
Obras / Pieces / Obras
Fernando Sánchez Castillo
Pegasus Dance
(España, 2007, 12:16)
Na obra Pegasus Dance os canhões de água livram-se de sua imagem violenta. A sua função original ganha uma nova reviravolta: os camiões apaixonam-se perdidamente uns pelos outros. Ao som de música clássica, dois canhões de água giram um sobre o outro, como se estivessem a iniciar um ritual de acasalamento, enquanto jorram água festivamente. À medida que o sol se põe lentamente, o céu fica com uma cor laranja pitoresca. Embora o canhão de água tenha como objetivo afastar, aqui tenta atrair sedutoramente.
In Pegasus Dance, the water cannons shed their violent image. Their original function takes on a new twist: the trucks fall madly in love with each other. To the sound of classical music, two water cannons spin on top of each other, as if initiating a mating ritual, while festively squirting water. As the sun slowly sets, the sky takes on a picturesque orange colour. Although the water cannon is meant to scare away, here it is seductively trying to attract.
En Pegasus Dance, los cañones de agua se despojan de su imagen violenta. Su función original adquiere un nuevo giro: los camiones se enamoran perdidamente el uno del otro. Al son de la música clásica, dos cañones de agua giran uno encima del otro, como si iniciaran un ritual de apareamiento, mientras chorrean agua festivamente. A medida que el sol se pone lentamente, el cielo adquiere un pintoresco color naranja. Aunque el cañón de agua pretende ahuyentar, aquí intenta seductoramente atraer.
Shir Handelsman
Recitative
(Israel, 2019, 4:57)
Um cantor de ópera está numa plataforma elevada, cantando o desejo de redenção de um mártir. Um contraponto entre a voz humana e os sons mecânicos de máquinas a subir e a descer. A música, retirada de uma das cantatas de J. S. Bach, é o Movimento Recitativo que descreve a ascensão de Cristo e exprime o desejo de se tornar um com Deus.
An opera singer stands on a lifted platform, singing a Martyr’s wish for redemption. A counterpoint between the human voice and mechanical sounds of machinery moving up and down. The music, taken from one of J.S Bach’s cantatas, is the Recitative Movement which describes the ascension of Christ and expresses the desire to become one with God.
Un cantante de ópera interpreta el “Deseo de redención de un Mártir” desde una plataforma elevadora. Un contrapunto entre la voz humana y los sonidos mecánicos de la maquinaria en constante movimiento de arriba abajo. La música, seleccionada de una de las cantatas de J.S. Bach, es el Movimiento Recitativo que describe la ascensión de Cristo y expresa el deseo de llegar a ser uno solo con Dios.
Hsin-Yu Chen & Jessi Ali Lin
Semiotics of the Home
(Taiwan, 7:25, 2023)
As máquinas de construção são apresentadas como actores num espaço doméstico, realizando tarefas diárias como cozinhar, limpar, comer e descansar. Os gestos suaves executados por máquinas de grande escala subvertem as nossas noções de doméstico, imaginando o equipamento industrial como corpos numa casa e não como as máquinas que constroem os espaços que habitamos diariamente.
Construction machines are cast as actors in a domestic space, completing daily tasks such as cooking, cleaning, eating, and resting. The gentle gestures enacted by large-scale machines subvert our notions of the domestic, imagining industrial equipment as bodies in a home rather than the machines that construct the spaces we inhabit daily.
Las máquinas de construcción aparecen como actores en un espacio doméstico, realizando tareas cotidianas como cocinar, limpiar, comer y descansar. Los suaves gestos de las máquinas a gran escala subvierten nuestra noción de lo doméstico, imaginando los equipos industriales como cuerpos en un hogar en lugar de las máquinas que construyen los espacios que habitamos a diario.
Tânia Dinis
Linha
Portugal, 2016, 2:31)
Linha, uma experiência do tempo que passa e do tempo que não passa numa memória que se expande no espaço.
Linha, an experience of time that passes and of time that does not pass in a memory that expands in space.
Linha, una experiencia del tiempo que pasa y del tiempo que no pasa en un recuerdo que se expande en el espacio.
Katherinne Fiedler & Gabriel Alayza
Lugar Común
(Perú, 2016, 2:07)
Um altifalante no deserto é o ponto de partida para um longo «zoom out» que expande aquele espaço inóspito perante o nosso olhar.
A história do «Hino à Alegria» no século XX é, ao mesmo tempo, a história do controlo massivo dos povos e do poder da arte ideológica, tornando-se um dos mais simbólicos instrumentos de propaganda e publicidade do processo de colonização dentro das formas de globalização.
A loudspeaker in the desert is the starting point of a long «zoom out» that enlarges this inhospitable space before our eyes.The history of the «Ode to Joy» in the 20th century is at the same time the history of the mass control of the people and the power of ideological art, becoming one of the most symbolic tools of propaganda and publicity of the process of colonisation within the forms of globalisation.
Un altavoz en el desierto es el punto de partida de un largo «zoom out» que amplía ese espacio inhóspito ante nuestros ojos.
La historia de la “Oda a la alegría” en el siglo XX es al mismo tiempo la del control de masas del pueblo y del poder del arte ideológico, convirtiéndose en una de las herramientas más simbólicas de propaganda y publicidad del proceso de colonización dentro de las formas de la globalización.
Illaria Di Carlo
Sirens
(Italia, 2022, 13:23)
Centrais eléctricas monolíticas; colunas ondulantes de fumo; um sol vermelho de fundo. Sirens é um pequeno documentário experimental que capta as centrais eléctricas Alemãs alimentadas a carvão nos seus últimos anos de produção de energia. Filmado inteiramente a partir de helicópteros, o filme leva-nos numa viagem por terrenos baldios industriais, relembrando assim a passagem do barco de Ulisses pelo estreito das Sereias. Uma odisseia pelo mundo industrial distópico que deixou uma marca permanente na ecosfera terrestre.
Monolithic power plants; billowing columns of smoke; the backdrop of a red sun. Sirens is an experimental short documentary that captures Germany’s coal-fired power plants in their final years of generating energy. Shot entirely from helicopters, the film takes us on a journey through industrial wastelands, thus recalling the passage of Ulysses’ boat through the Sirens’ strait. An odyssey through the dystopian industrial world that has left a permanent mark on earth’s ecosphere.
Centrales eléctricas monolíticas; columnas ondulantes de humo; el telón de fondo de un sol rojo. Sirens es un corto documental experimental que captura las centrales eléctricas de carbón de Alemania en sus últimos años de generación de energía. Rodada íntegramente desde helicópteros, la película nos lleva a un viaje por páramos industriales, recordando así el paso de la barca de Ulises por el estrecho de las Sirenas. Una odisea a través del mundo industrial distópico que ha dejado una marca permanente en la ecosfera terrestre.
Kuang-Yu Tsui
The Welcome Rain Falling from the Sky
(Taiwan, 1997, 1:01)
Em «The Welcome Rain Falling from the Sky» (1997), uma pessoa é colocada no lugar de um simples jogo. Deve evitar ser atingido por uma variedade de objectos em queda, como vasos de flores, televisões e motos. Tsui pretende tomar isto como um bom modelo ou medida de alguém capaz de se adaptar a uma situação perigosa.
In The Welcome Rain Falling from the Sky (1997), a person was placed in a condition of simple game. He has to avoid a wide range of falling objects, including flower pots, TV set and motorcycles. Tsui meant to take it as a good model or measurement of someone who is able to fit into a dangerous situation.
En ”The Welcome Rain Falling from the Sky” (1997), una persona se coloca en el lugar de un simple juego. Debe evitar ser golpeado por una gran variedad de objetos que caen, como macetas, televisores y motocicletas. Tsui pretende tomarlo como un buen modelo o medida de alguien capaz de encajar en una situación peligrosa.
Enrique Ramirez
Cruzar o Muro
(Chile, 2012, 5:12)
“Todos têm o direito de deixar qualquer país, incluindo o seu, e de regressar ao seu país.” A partir do artigo 13º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, Enrique Ramírez constrói uma história cinematográfica com três personagens que aguardam num qualquer escritório de imigração. Neste cenário para onde convergem tantas aspirações humanas do nosso tempo, a história liga, de forma subtil e metafórica, realidade e ficção, factos e introspecção.
«Everyone has the right to leave any country, including his own, and to return to his country.» Based on Article 13 of the Universal Declaration of Human Rights, Enrique Ramírez creates a film story with three characters waiting in an immigration office. In this setting where so many of the human aspirations of our time converge, the story subtly and metaphorically links reality and fiction, fact and introspection.
«Toda persona tiene derecho a salir de cualquier país, incluso del propio, y a regresar a su país». Basándose en el artículo 13 de la Declaración Universal de los Derechos Humanos, Enrique Ramírez construye una historia cinematográfica con tres personajes que esperan en una oficina de inmigración. En este escenario donde confluyen tantas aspiraciones humanas de nuestro tiempo, la historia enlaza sutil y metafóricamente realidad y ficción, realidad e introspección.
Thenjiwe Niki Nkosi
The Same Track
(Sudáfrica, 2023, 4:03)
The Same Track é uma peça que faz parte do projeto Equações para um Corpo em Repouso, É composto de três partes: The Same Track; The Name Game (série de pósteres); e o website Equations for a Body at Rest. Cada elemento funciona em conjunto com os outros.
The Same Track is a piece that is part of the Equations for a Body at Rest project. It consists of three parts: The Same Track; The Name Game (poster series); and the Equations for a Body at Rest website. Each element works in conjunction with the others.
The Same Track es una pieza que forma parte del proyecto Equations for a Body at Rest. Ésta consta de tres partes: The Same Track; The Name Game (serie de carteles); y el sitio web Equations for a Body at Rest. Cada elemento funciona en conjunción con los demás.
Gary Hill
Mediations (towards a remake of Soundings)
(USA,1979/86, 4:17)
Mediations é um trecho de uma versão reformulada de Soundings 1979, em que procurei expandir a reflexividade de cada texto em relação à interação entre diferentes substâncias físicas, neste caso, a areia, e o cone do altifalante.
Mediations is an extract from a reworked version of Soundings 1979, in which I tried to expand the reflexivity of each text in relation to the interaction between different physical substances, in this case sand, and the speaker cone.
Mediaciones es un extracto de una versión reelaborada de «Soundings» de 1979, en la que intenté ampliar la reflexividad de cada texto en relación con la interacción entre distintas sustancias físicas, en este caso la arena, y el cono del altavoz.
Santiago Sierra & Jorge Galindo
Los encargados
(España, 2015, 5:55)
O vídeo mostra sete Mercedes Benz pretos a circular pela Gran Vía de Madrid, como um cortejo fúnebre. Cada um transporta um enorme retrato de pernas para o ar no tejadilho. São pinturas feitas a preto e branco, hiper-realistas mas com acabamento bruto, quase parecem fotografias policiais, de personalidades como o Rei Juan Carlos ou seis presidentes da Espanha democrática. A procissão caminha ao som da Varsóvia Soviética, a música dos operários que foi adotada como hino (Às Barricadas) pelos anarco-sindicalistas espanhóis.
The video shows seven black Mercedes Benz driving along Madrid’s Gran Vía like a funeral procession. Each one carries a huge upside-down portrait on its roof. They are black and white paintings, hyper-realistic but with a rough finish, almost like police photographs, of personalities such as King Juan Carlos or six presidents of democratic Spain. The procession walks to the sound of Soviet Warsaw, the workers’ song that was adopted as the anthem (To the Barricades) by the Spanish anarcho-syndicalists.
El vídeo muestra siete Mercedes Benz negros que circulan por la Gran Vía de Madrid como un cortejo fúnebre. Cada uno lleva en el techo un enorme retrato invertido. Son cuadros en blanco y negro, hiperrealistas pero con un acabado rugoso, casi como fotografías policiales, de personalidades como el Rey Juan Carlos o seis presidentes de la España democrática. La comitiva camina al son de Varsovia Soviética, la canción obrera que fue adoptada como himno (A las barricadas) por los anarcosindicalistas españoles.
Carlos Aires
Sweet dreams are made of this
(España, 2016, 4:21)
O título é o mesmo da famosa canção de 1983 dos Eurythmics, e não é por acaso: esta versão serve de música de fundo para dois polícias de choque que dançam um tango juntos sob o uniforme que estes dançarinos usam aqui como disfarce, em pleno rigor da Lei da Mordaça.
The title is the same as that of the famous 1983 song by the Eurythmics, and this is no coincidence: this version serves as background music for two riot police officers who dance a tango together under the uniform that these dancers wear here as a disguise, in the full rigour of the Gag Law.
El título es el mismo que el de la famosa canción de 1983 de los Eurythmics, y no es casualidad: esta versión sirve de música de fondo para dos policías antidisturbios que bailan juntos un tango bajo el uniforme que estos danzantes ostentan aquí como disfraz, en pleno rigor de la Ley Mordaza.
Locais / Venues / Sedes
Museo Vostell Malpartida
18 JUL 2024. 22h
museovostell.org
Casa da Cerca
Biblioteca Municipal de Penafiel
26 JUL 2024. 22h
NORMAL – Espazo de Intervención Cultural
31 JUL 2024. 21h
Equipa / Team / Equipo
Conceito e Direção Artística: Alisson Ávila e Irit Batsry
Direção: António Câmara Manuel
Curaduría: Alisson Ávila, António Câmara Manuel, Mario Gutiérrez Cru
Van Master, projeção e website: Mario Gutiérrez Cru
Direção de Produção e design : Ana Calheiros
Comunicação: Ana Calheiros
Tradução e revisão de conteúdos: Ana Calheiros e Mario Gutiérrez Cru
Produção: Duplacena
Produzido com a cumplicidade de: PROYECTOR
Financiamento: República Portuguesa – Cultura | Direção-Geral das Artes + Câmara Municipal de Lisboa
Apoio: Casa da Cerca, Citemor, Ésta es una PLAZA!, Biblioteca Municipal de Penafiel, Museo Vostell Malpartida, NORMAL – Espazo de Intervención Cultural, O Espaço do Tempo