VEM – Videoarte Em Movimento

2022

VEM – Videoarte Em Movimento é uma experiência itinerante de fruição da criação visual ibérica e internacional em ambientes de transição e passagem. Entre Julho e Agosto, uma carrinha viaja entre o Lisboa e Madrid a exibir um programa composto por obras de videoartistas Portugueses, Espanhois além de um tercer programa internacional. 

Trata-se de uma curadoria de perspetiva histórica e com classificação livre – para que a sua assistência a céu aberto, numa noite de verão, seja acessível e do interesse de todos os públicos. As projeções são realizadas em ambientes de pequena a média escala, retirando as obras do ambiente expositivo tradicional para levá-los a espaços abertos de projeção pública.

Os vídeos do Programa VEM exploram temas ligados às ideias de encarceramento, de construção e afirmação da identidade e ainda de uma leitura crítica da intervenção política no âmbito europeu, e do passado colonial de Portugal.

VEM – Video Art in Movement is an itinerant fruition experience of iberian and international creations exploring transitional and passing environments. Between July and August, a van travel between between the Lisboa and Madrid exhibiting a programe composed of works by Portuguese and Spanish video artists in addition to a third international programe. 

Both programs have a historical perspective and free classification – so that its open-air attendance, on a summer night, is accessible and of interest to all audiences. The projections are held in small to medium scale environments, removing the works from the traditional exhibition spaces to take them to open public screening.

The videos in the VEM Programe explore themes linked to the ideas of imprisonment, identity construction and affirmation, and also a critical reading of political intervention in the European context, and of Portugal’s colonial past.

 

VEM – Videoarte en Movimiento es una experiencia itinerante de la creación visual ibérica e internacional en ambientes de transición y de paso. Entre julio y agosto, una furgoneta viaja entre Lisboa y Madrid exhibiendo un programa compuesto por obras de videoartistas portugueses, españoles y tercer programa internacional. 

Se trata de un comisariado de videoarte con perspectiva histórica y para todas las edades, para que su asistencia al aire libre, en una noche de verano, sea accesible y de interés para todos los públicos. Las proyecciones se llevan a cabo en entornos de pequeña y mediana escala, sacando las obras del contexto expositivo tradicional para llevarlas a espacios de proyección pública abiertos.

Los vídeos del Programa VEM exploran temas relacionados con las ideas de encierro, de construcción y afirmación de la identidad y también una lectura crítica de la intervención política en el contexto europeo, y del pasado colonial de Portugal. 

AGENDA 2022

02 -03 julho / july / julio
CCB – CENTRO CULTURAL BELÉM – LISBOA

15 – 16 julho / july / julio 
MACE – MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA – ELVAS
 
27 julho / july / julio
MUSEO VOSTELL MALPARTIDA – CÁCERES

05 agosto /
august
/ agosto

ÉSTA ES UNA PLAZA! – MADRID

PROGRAMAS 2022

Programa Português
Portuguese Programe
Programa Portugués

. Helena Almeida: Ouve-me (1979 / 1’22)
. João Cristóvão Leitão: O retrato de Mônica (2014 / 5’)
. Nuno Lacerda: Percurso (6) (2011 / 5’32)
. Raquel Schefer: Avó (muidumbe) (2010 / 10’49)
. João Cristóvão Leitão: O retrato de Irineu (2014 / 4’)
. Rui Calçada Bastos: The Mirror Suitcase Man (2004 / 4’24)
. Welket Bungué: Metalheart (2020 / 7’)
. Patrícia Almeida: Today, I am just a butterfly sending you a sentence (2016 / 7’10)
. Helena Almeida: Sem título (2010, 18’08)

Programa Internacional
International Programe
Programa Internacional

. Ilaria Di Carlo: The Divine Way (Itália, 2018, 15′)
. Økapi: OTIS. Vertical Tales – 13th floor (Italia, 2021, 4’12)
. Zbigniew Rybczynski: Tango (Polónia, 1980, 10’)

Programa Português
Portuguese Programe
Programa Portugués  

Helena Almeida
Ouve-me
(1979 / 1’22)

Toda a obra de Helena Almeida não usa a escrita a não ser uma vez. E para escrever a palavra “Ouve-me”. (…) De algum modo, podemos ver aqui uma tradução da condição feminina ou uma crítica a esta condição. (…) (Centro de Arte Moderna Gulbenkian)

The whole work of Helena Almeida does not use writing except once. And to write the word «Listen to me». (…) In some way, we can see here a translation of the feminine condition or a criticism of this condition. (…) (Gulbenkian Modern Art Centre)

Toda la obra de Helena Almeida no utiliza la escritura más que una vez. Y escribir la palabra «Escúchame». (…) De alguna manera, podemos ver aquí una traducción de la condición femenina o una crítica de esta condición. (…) (Centro de Arte Moderno Gulbenkian)

João Cristóvão Leitão
O Retrato de Mónica
(2014 / 5’)

Mónica é, em potência, qualquer coisa. Por isso, os seus retratos nascem do justapor de sons e de imagens retiradas do arquivo audiovisual que é o YouTube. Negligenciam-se direitos de autor, usurpam-se os propósitos daqueles que são negligenciados e ensaiam-se verdades (im)possíveis. (…)

 Mónica is, potentially, something. For this reason, her portraits are born from the juxtaposition of sounds and images taken from the audiovisual archive that is YouTube. Copyrights are neglected, the purposes of those who are neglected are usurped and (un)possible truths are rehearsed. (…) 

Mónica es, potencialmente, algo. Por ello, sus retratos nacen de la yuxtaposición de sonidos e imágenes extraídos del archivo audiovisual que es YouTube. Se descuidan los derechos de autor, se usurpan los propósitos de los que se descuidan y se ensayan verdades (in)posibles. (…)

Nuno Lacerda
Percurso
(2011 / 5’32)

Um personagem explora uma construção espacial audiovisual, multiplica-se, desencontra-se, gera sons que se misturam numa composição cacofónica, procura-se perpetuamente. É uma tentativa de um espaço total, de um circuito plenamente integrado na tela do qual os seus habitantes (e o observador) não podem fugir.

A character explores an audiovisual spatial construction, he multiplies and fails to find his own instances, he generates sounds that mix up to a chaotic composition and forever searches for himself. It’s an attempt for a total space, a circuit completely integrated in the canvas, from where it’s inhabitants (and the observer) can’t escape.

A character explores an audiovisual spatial construction, multiplies itself, mismatches itself, generates sounds that blend in a cacophonous composition, perpetually searches itself. It is an attempt at a total space, a circuit fully integrated in the screen from which its inhabitants (and the observer) cannot escape.

Raquel Schefer
Avó (muidumbe) 
(2010 / 10’49)

Moçambique, 1960, pouco antes da eclosão da guerra, retrato de uma família colonial. Uma sequência de material de arquivo filmada pelo meu avô, antigo administrador colonial em Moçambique, é o ponto de partida de um documentário experimental sobre a história da descolonização portuguesa e a sua memória. (…)

Mozambique, 1960, just before the outbreak of war, portrait of a colonial family. A sequence of archive material filmed by my grandfather, a former colonial administrator in Mozambique, is the starting point of an experimental documentary about the history of Portuguese decolonisation and its memory. (…)

Mozambique, 1960, justo antes del estallido de la guerra, retrato de una familia colonial. Una secuencia de material de archivo filmado por mi abuelo, antiguo administrador colonial en Mozambique, es el punto de partida de un documental experimental sobre la historia de la descolonización portuguesa y su memoria. (…)

João Cristóvão Leitão
O Retrato de Irineu 
(2014 / 4’)

Irineu: incapaz de esquecer e dotado de uma memória infalível.

Irineu: incapable of forgetting and gifted with an infallible memory.

Irineu: incapaz de olvidar y dotado de una memoria infalible.

Rui Calçada Bastos
The mirror suitcase man
(2004 / 4’24)

A estética noir do filme cria um efeito nostálgico, tal como o ruído rítmico da banda sonora, através do qual apenas algumas das palavras do locutor penetram. (…) A câmara mostra o local onde o Homem da Mala de Espelho está a passar, e ao mesmo tempo, um fragmento do local oposto. (…) A perspectiva dividida permite-nos deduzir onde o Homem Mala de Espelho passeia (…) mas também pode estar noutro lugar (…) – a caminho de outro lugar? (Sabrina van der Ley, 2004)

The film noir aesthetic creates a nostalgic effect, as does the rhythmic rustling of the soundtrack, through which only a few of the speaker’s words penetrate. (…) The camera shows the place the Mirror Suitcase Man is just/currently passing by, and at the same time, a fragment of the place opposite. (…) The split-up perspective just about allows us to deduce where the Mirror Suitcase Man strolls (…) but it could also be elsewhere (…) – en route to another place? (Sabrina van der Ley, 2004)

La estética de cine negro crea un efecto nostálgico, al igual que el susurro rítmico de la banda sonora, a través del cual sólo penetran algunas de las palabras del orador. (…) La cámara muestra el lugar por el que pasa el Hombre de la Maleta Espejo y, al mismo tiempo, un fragmento del lugar de enfrente. (…) La perspectiva dividida nos permite deducir por dónde pasea el Hombre de la Maleta Espejo (…) pero también podría estar en otro lugar (…) – ¿en camino a otro lugar? (Sabrina van der Ley, 2004)

Welket Bungué
Metalheart
(2020 / 7’)

Um corpo cheio de marcas do passado, cicatriza mágoas do passado e esconde perdas vivas. Aqui pulsa um coração invulnerabilizado pelo ruído, ferro e torção. (…) Devemos lidar com a migração como se fosse um cadáver envenenando a nossa mansuetude, ou é uma pergunta real que o capitalismo imperialista ocidental evita a todo o custo responder? 

A body full of the marks of the past, heals past hurts and hides living losses. Here pulsates a heart invulnerable to noise, iron and twisting. (…) Should we deal with migration as if it were a corpse poisoning our manhood, or is it a real question that Western imperialist capitalism avoids answering at all costs? 

Un cuerpo lleno de las marcas del pasado, cura las heridas pasadas y esconde las pérdidas vivas. Aquí late un corazón invulnerable al ruido, al hierro y a la torsión (…) ¿Debemos tratar la migración como si fuera un cadáver que envenena nuestra virilidad, o es una cuestión real que el capitalismo imperialista occidental evita responder a toda costa? 

Patrícia Almeida
Today, I am just a butterfly sending you a sentence 
(2016 / 7’10)

No dia 15 de Abril de 2015, Josephine Witt interrompe a conferência de imprensa do Banco Central Europeu atirando (…) confettis e panfletos. Essa intervenção (…) durou apenas 23 segundos. No entanto, as fotografias (…) vão circular (…) nas televisões e imprensa do mundo inteiro. (…)

On 15 April 2015, Josephine Witt interrupted the press conference of the European Central Bank by throwing (…) confetti and leaflets. This intervention (…) lasted only 23 seconds. However, the pictures (…) will circulate (…) on TVs and press all over the world. (…)

El 15 de abril de 2015, Josephine Witt interrumpió la rueda de prensa del Banco Central Europeo lanzando (…) confeti y folletos. Esta intervención (…) sólo duró 23 segundos. Sin embargo, las imágenes (…) circularán (…) en las televisiones y la prensa de todo el mundo. (…)

Helena Almeida
SEM TÍTULO 
(2010, 18’08)

“Sem Título” (…) é sobre o caminho que a artista e o marido percorrem no estúdio, amarrados nas pernas por um arame. A celebração do amor, mas também do esforço, parece patente na dificuldade de se mover entre eles, onde o caminho percorrido se torna uma provação sem fim. (Galeria Filomena Soares)

«Sem Título» (…) is about the path the artist and her husband walk in the studio, tied at the legs by a wire. The celebration of love, but also of effort, seems patent in the difficulty of moving between them, where the path taken becomes an endless ordeal. (Filomena Soares Gallery)

«Sin título» (…) trata del camino que recorren la artista y su marido en el estudio, atados a las piernas por un cable. La celebración del amor, pero también del esfuerzo, parece patente en la dificultad de moverse entre ellos, donde el camino recorrido se convierte en un calvario interminable. (Galería Filomena Soares)

Programa Internacional
International Programe
Programa Internacional

 Ilaria Di Carlo
The Divine Way 
(Itália, 2018, 15′)

Livremente baseado na Divina Comédia de Dante, The Divine Way leva-nos à épica descida da protagonista por um labirinto infinito de escadas. Conforme a mulher viaja mais ao fundo, as escadas mudam e ela é presa e puxada para suas perigosas paisagens, conduzindo-nos por mais de cinquenta magníficas locações.

Loosely based on Dante’s Divine Comedy, The Divine Way takes us on the protagonist’s epic descent down an endless maze of stairs. As the woman travels further down, the stairs change and she is trapped and pulled into its perilous vistas, leading us through over fifty magnificent locations.

Basada libremente en la Divina Comedia de Dante, The Divine Way nos lleva en el descenso épico del protagonista por un laberinto interminable de escaleras. A medida que la mujer desciende, las escaleras cambian y se ve atrapada y arrastrada a sus peligrosas vistas, lo que nos lleva a través de más de cincuenta magníficas localizaciones.

 

. Økapi
OTIS. Vertical Tales – 13th floor 
(Italia, 2021, 4’12)

Uma homenagem ao inventor do elevador, Otis Elisha Graves (…) Se por um lado o elevador representava o impulso vertical mais revolucionário dos horizontes urbanos, por outro lado os sons em loop da composição electrónica trazem a obsessividade modular do movimento de um elevador aprisionado na viagem repetitiva entre os seus andares. 

A tribute to the inventor of the lift, Otis Elisha Graves (…) If on the one hand the lift represented the most revolutionary vertical impulse of urban horizons, on the other hand the looped sounds of the electronic composition bring the modular obsessiveness of the movement of a lift trapped in the repetitive journey between its floors. 

Un homenaje al inventor del ascensor, Otis Elisha Graves (…) Si por un lado el ascensor representó el impulso vertical más revolucionario de los horizontes urbanos, por otro lado los sonidos en bucle de la composición electrónica aportan la obsesión modular del movimiento de un ascensor atrapado en el viaje repetitivo entre sus plantas.

Zbigniew Rybczynski
Tango
(Polónia, 1980, 10’)

Um lugar fechado, um quarto vazio, um balão, uma criança… Pouco a pouco, naquele cenário extremamente nu, os gestos mais insignificantes e as acções mais simbólicas da vida sucedem-se… Do nascimento à morte, a vida flui a alta velocidade até à música repetitiva de um tango. Uma das últimas obras do período polaco de Zbig.

An closed place, an empty room, a balloon, a child… Little by little, in that extremely bare setting, the most insignificant gestures and the most symbolic actions of life follow each other… From birth to death, life flows at high-speed to the repetitive music of a tango. One of the last works of Zbig’s Polish period.

Un lugar cerrado, una habitación vacía, un globo, un niño… Poco a poco, en ese escenario extremadamente desnudo, se suceden los gestos más insignificantes y las acciones más simbólicas de la vida… Desde el nacimiento hasta la muerte, la vida fluye a gran velocidad con la música repetitiva de un tango. Una de las últimas obras del periodo polaco de Zbig.

Locais / Venues / Sedes

CCB – Centro Cultural Belêm

2-3 JUL 2022. 21:30h

Praça do Império, 1449-003 Lisboa, Portugal
 

MACE

15-16 JUL 2022. 21:30h

Museo Vostell Malpartida

27 JUL 2022. 22:00h

Calle los Barruecos, s/n, Malpartida de Cáceres
https://museovostell.org/
 
 

 

 

Ésta es una Plaza!

5 AGO 2022. 22h

Calle Doctor Fourquet, 24 Madrid

 

Equipa / Team / Equipo

Conceito: Alisson Ávila e Irit Batsry com a cumplicidade de Mario Gutiérrez Cru
Curaduría: Alisson Ávila, Irit Batsry e Mario Gutiérrez Cru
Direção: António Câmara Manuel
Direção Artística: Alisson Ávila e Irit Batsry
«Van Master», projeção, design da brochura e website: Mario Gutiérrez Cru
Direção de Produção: Ana Calheiros
Coordenação de Produção: Ana Laura Coelho
Apoio Técnico: Alexandre Coelho
Produção: Horta Seca – Associação Cultural
Co-produção: Duplacena
Produzido com a cumplicidade de PROYECTOR/ Plataforma de Imagen en Movimiento